sexta-feira, junho 30, 2006

Prosa Amorosa

Quando a vejo
Tudo vira ritmo
Tudo vira música

Tudo é verso
Tudo é rima
Tudo é poesia

A coisa mais singela
Se torna a mais bela
O gesto mais banal
O mais carregado

Sentimento...
Contentamento...
Emoções se misturam
Olhares se entrecruzam

Não se ouve nada em volta
Nada mais importa
Só há um e outro
Só aquele momento

quinta-feira, junho 29, 2006

Coisas...

Desisti de simplificações
Desisti de generalizações
A vida não segue uma linha
Não pode ser equacionada

Às vezes é confusa
Às vezes a tornamos assim
Às vezes erramos por complicar
Outras por tornar simples demais

Cada coisa é cada coisa
Cada um é cada um
Um e outro
Outro e um

Por que as pessoas aparecem?
Não sei
Por que os amigos aparecem?
Não sei

O certo é que eles aparecem
Não sei vindos de onde
Não sei mandados por quem
Só sei que eles vêm

sábado, junho 24, 2006

O Rio

Está tudo terminado
O que era, já foi
O que que devia ser
Agora é passado

Nada é novo
Tudo são incertezas
As questões são as mesmas
As respostas, não sei...

Tudo parece mergulhado
Em uma densa neblina
Só se vê fumaça
Não se vê saída

Mas há uma luz
O que é aquilo
Parece um rio
Mas isto é possível?

Sinto a água fresca
Refrigerando o meu interior
Cansado de tanta luta
De tanta desventura

Um horizonte então se abre
Bem na minha frete
E vejo o nome do rio
Jesus Cristo!