domingo, julho 27, 2008

A Flor

Ontem, um flor apareceu
A flor mais linda que já vi
Em minha janela a surgir
Andando devagar, a sorrir

Eu não estava a esperar
Quase sem poder acreditar
Fiquei na janela a lhe espiar
Meio abobado, a pensar

Então a porta eu fui abrir
A flor estava lá, a reluzir
O sol brilhante a refletir
E o seu sorriso a exibir

Por um dia inteiro,
Com ela me foi concedido ficar
Belas foram as horas
Que ao seu lado pude passar

Por fim, ela teve que partir
Mas sei que muito em breve
De novo vou ver o seu sorrir
Só mais um pouco, me espere

quarta-feira, julho 23, 2008

Conter, Saber, Estar

O que eu posso dizer?
O que eu poderia falar?
Se palavras não podem conter
Tudo o que eu sinto por você

Não são necessárias palavras
Quando elas faltam
Quem fala é o olhar
Ou simplesmente o estar

O simples saber
O saber que você
Em qualquer lugar
No meu coração está

E que de você
Também tenho o mesmo
E tudo podemos conjugar
No simples verbo amar

quarta-feira, maio 07, 2008

Soneto para você

Às vezes é difícil falar
Coisas que não se podem explicar
Às vezes é difícil dizer
Coisas que não se consegue entender

Como poderia expressar
O brilho do teu olhar
Como poderia palavrear
O que sinto ao sua mão segurar

Às vezes é difícil saber
Quanto tempo, sem perceber
Me pego pensando em você

Como equacionar
Esse amor, ainda que grande
Não pára de aumentar

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Presente de Deus

Vários poemas eu poderia pensar
Muitos versos eu poderia fazer
Mas nenhum deles poderia dizer
Quão grande é o carinho
Que eu tenho por você

Tantas palavras eu poderia inventar
Tantas canções em frente ao mar
Tantas juras à luz do luar
Mas nenhuma delas poderia falar
O quão bom é te amar

Que grande presente de Deus recebi
No momento em que te conheci
Quando pela primeira vez vi o teu sorrir
A luz do teu olhar cair sobre mim
Quando da tua boca ouvi um sim

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Tudo meio que em suspenso

Está tudo meio que em suspenso
Várias coisas podem acontecer
Ou nenhuma pode surtir efeito
Quem sabe prefira se esconder

Talvez não queira se deixar conhecer
Luta para não deixar a situação ceder
Quer só as brancas nuvens no céu ver
Às vezes é melhor sozinho permanecer

Mas o que com tudo isso quer me dizer?
Há alguma coisa mesmo nisso para se ver?
Não será mais um desses seriados de TV?
Será só mais um golpe da minha psique?

Talvez um dia eu tenha a sorte de descobrir
Meu mundo volte com essas cores a colorir
Mas outras cores podem vir a se definir
Basta outros caminhos na vida se abrir

Está tudo meio que em suspenso
Posso vir ou não a te conhecer
Está tudo meio que sem senso
Podes vir ou não a me escolher

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Hoje eu sonhei

Hoje eu sonhei
Depois de tanto tempo
Que nem sei bem
O quanto estive enfermo

Havia parado de sonhar
Que me esqueci como era
A sensação de imaginar
De fazer as coisas eternas

Havia me esquecido
Que sonhar é preciso
Recuperar o perdido
Ver de perto o infinito

Que poesias se concretizam
Sem esforço desmedido
Em noites que se iluminam
Com o seu luar, lindo

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Grito de dentro

Faço tantas bobagens
Tantas mal-criagens
Inverto as imagens
Vejo só miragens

Me sinto muito mal
Cadê o dito sinal?
Que tristeza abismal
Que solidão colossal

Tem alguém aí?
Talvez logo ali?
Quem sabe aqui?
Será que eu vi?

Movido por desejo
Movido pelo medo
Movido com intento
Movido, cego anseio

Cego de louco ódio
Dominado pelo ópio
Um grande opróbrio
Sem um chão sólido

terça-feira, dezembro 25, 2007

O que é?

Há uma coisa no meu peito
Que não sei bem definir
É uma sensação de aperto
Uma coisa que falta aqui

Me deixa pensando em você
Sem sequer dizer o porquê
Trazendo muitas perguntas
E dando poucas respostas

Tudo se mostra tão novo
Me sinto um grande bobo
Vendo flores de cimento
E estrelas no céu cinzento

Todo detalhe é importante
Todo olhar é implorante
Todo palavra é impotente
Todo gesto é imprudente

O que é? O que há comigo?
Porque penso só em estar contigo?
O que será essa falta aqui dentro?
Uma falta do que eu não conheço

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Donzela

Oh doce donzela
Que na penumbra da noite
Aparece por entre a luz da lua
Por de trás da montanha distante

Por uma única vez
Queria poder ver o teu rosto
Iluminado por essa lua
Parecendo nossa, mas sendo tua

Oh bela donzela
Quão gracioso é o seu andar
O seu vagaroso deslizar
Como um navio por sobre o mar

Um mar calmo e sereno
Onde só há sossego
Para o meu peito, o alento
Para o meu coração, o aconchego

domingo, agosto 05, 2007

Ton poème en français

Quoi je peux parler avec toi?
Ce sont très choses, que je me perde
Je m'ai perdé pour ne savoir pas
Ne savoir pas qui je sens

Pardon, pardon mademoiselle
Pardon pour tous les chagrins
Que je t'ai causé

Merci pour tu ne t'écarter pas
Merci pour tu parler avec moi
Merci pour ton sourire
Merci pour tu me faire savoir